A Polícia Federal deflagrou uma operação ontem, quinta-feira (10), para investigar uma família de pecuaristas suspeita de ter iniciado um grande incêndio no Pantanal, conhecido como "muralha de fogo". O principal alvo da operação é conhecido da polícia e já foi condenado por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. Além do incêndio criminoso, a família também é acusada de grilar cerca de 30 mil hectares de terras pertencentes à União na região de Corumbá (MS).
A investigação começou após denúncias anônimas que apontavam o filho do acusado é o responsável por iniciar o fogo. A operação cumpriu mandados de busca e apreensão, apreendendo armas, munições e celulares. Dois suspeitos foram detidos. Os membros da família podem responder por crimes como incêndio em mata, desmatamento, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
O incêndio no Pantanal causou grande destruição ambiental e gerou grande repercussão nacional. A operação da Polícia Federal demonstra o compromisso das autoridades da segurança em combater crimes ambientais e a grilagem de terras, práticas que ameaçam a biodiversidade e o futuro do bioma pantaneiro.